09 dezembro, 2011

Nina, uma menina


Ela faz tratamento com acupuntura devido a um ligamento frouxo do joelho; toma medicamento superforte, que a “mãe”, zelosa, manda manipular em forma de biscoito sabor bacon. Realmente, a Nina merece esse tratamento vip, afinal, passou por péssimos bocados, a começar por uma sequela grave de cinomose, que contraiu no passado e mais um currículo que incluía tartarectomia (fez uma cirurgia para remover o tártaro), leishmaniose, infecção interna, já que ela estava também com leucocitose... Claro, tudo isso, antes de ter sido encontrada pela Marina, que também acabava de perder o seu Cocker spaniel, para a leishmaniose. Ufa! Às vezes as lutas são difíceis, as perdas irreparáveis, mas aí, vem ela, a esperança toda sorridente pra gente e faz com que tudo recomece, né, minha gente? E, num desses sopros de esperança, surgiu a Nina, toda linda e saltitante, agitada e com um olhar mais doce que jabuticaba madura, na ONG Cão Viver (www.caoviver.com.br), onde trabalhava a irmã de Marina. Hoje, ela precisa evitar principalmente subir e descer escadas. “Levando-se em conta que moramos no terceiro andar de um prédio sem elevador, o resultado é que subo e desço, diariamente, três vezes por dia, três lances de escada com 17 quilos no colo... Nada que uma boa mãe não faça de coração aberto”, orgulha-se a “mãe”.
Educadíssima, ela aprendeu fazer xixi e cocô na rua e é tão carinhosa que sai pulando, chorando e lambendo todo mundo na rua, ainda que não conheça a pessoa. É doce, carinhosa, tranquila, obediente, alegre, tem olhos doces e gratos. Como diz Marina, foi aquela viralatinha, que, aliás, tem como nome o apelido da Marina de infância, quem a escolheu. E mais: vão subir muitas escadas juntas, enquanto uma fizer parte da vida da outra.

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