30 junho, 2011

Guará e Laurinha: mais que sobreviventes, lutadores.



Guará e Laurinha. De protagonista do desabamento das encostas no Rio de Janeiro, Guará, hoje, faz e acontece na casa do Fowler, um incansável atuante do projeto Focinhos Gelados (www.focinhosgelados.com.br) e também da WSPA Brasil (www.wspabrasil.org). Levado para o abrigo adaptado na cidade, o Guará foi encontrado vagando na serra de Teresópolis, após a catástrofe das enchentes no Rio. Fowler então acompanhou a postagem de fotos da equipe, da qual também atua, da proteção animal e foi atraído pela foto do Guará, na época chamado de Vovô. Segundo ele, chamava a sua atenção “a postura de depressão e o olhar ´embaçado´. Aproveitei que a amiga e veterinária Heidi Ponge ia para a região como voluntária e pedi que ela o trouxesse para mim”, recorda Fowler. Levado a um sítio, foi tosado para que pudessem analisar seus ferimentos, e finalmente chegou a São Paulo onde teve uma calorosa recepção pelo seu futuro dono: “- Fui encontrar com a Heidi em plena marginal do Tietê.” Como a gente pode reparar nas fotos, esse vencedor tem a pelagem com a coloração do lobo-guará e as pernas compridas, daí o seu lindo nome. Superação e vitórias seguidas têm sido a sua rotina que inclui um olhar brilhante, vivo e uns quilinhos a mais, ainda bem! Não dispensa um cafuné atrás das orelhas e, mesmo sendo um “senhor de mais idade”, basta a esposa do Fowler chegar em casa que o lindo até pula. Pula também quando escuta o barulho da guia, pois ama ir pra rua. E, com esse friozinho, nada melhor que um bom edredom e um ossinho ou biscoitinho no jantar... Duas palavras resumem a trajetória de Guará para a família de Fowler: “magnífico e vencedor”.
A linda Laurinha foi encontrada embaixo de um carro na Av. Jacu Pêssego, totalmente imóvel, com a pata traseira toda torcida. Dr. Luis Eduardo Bottas bem que tentou salvar a pata... Não deu. O que não significa obstáculo para a Laurinha que, segundo o Fowler , como todo animal trípede, a energia é “over”. É capaz de caminhar dois quarteirões sem sequer piscar e pedir colo. Pura verdade. Quarta celebridade trípede a ser adotada pela família de Fowler, lá se foi a bonitinha se unir com seus outro cinco futuros irmãos. Aliás, adaptação não foi problema nenhum, pois ela ganhou um brinquedo que adora morder, sapato e bola. Danadinha, a Laurinha, perturba o Guará usando o rabo dele como fio dental (como isso é possível?). Fowler convive com animais há 50 anos e diz que já mais de 14 anos não tinha filhotes em casa. Conclusão: descobriu que não é mais pai de cachorro e, sim, avô. E um avô bem corujão, diga-se de passagem: “Até na minha cama eu deixei a Laurinha dormir no início de uma frente fria, que em Santo André onde moramos, estava 9 graus. Não tive coragem de tirar ela da cama”, relata. Além de dormir todos os dias na cama do casal e, após inúmeras tentativas, é retirada da cama. Mas, não satisfeita, essa sapequinha vai dormir com o Guará, claro, no edredom.

Agradecimentos na recuperação do Guará: Laboratório Zoolab de Santo André, que doou todos os exames que ele fez; Claudia Pizzolatto, que doou uma camiseta Thundershirt para o fofo se proteger dos traumas de chuva, trovões e fogos; Dr. Luis Eduardo Bottas, que não cobrou as consultas iniciais. Monica Bodkay e Susan Maciel Martins entre outros, de Teresópolis, os quais dedicaram a cuidar de Guará, no galpão.

13 junho, 2011

Mais uma família deliciosa!




Depois que a “filhota” poodle, da Patrícia, faleceu há um tempinho, com 12 anos, ela achou que não conseguiria outro animal, tamanho apego. Enganava-se a Patrícia, que, um ano depois, decidiu dar de presente pra filha mais velha – que, como a irmã, ama esses fofos – outra poodle adquirida pela internet. Mas assim que a pequena cachorrinha chegou, viram que estava muito debilitada falecendo meia hora depois. Este absurdo levou a Pat (e acredito que a maioria dos seres humanos sensatos) a questionar o porquê da existência de pessoas “que acreditam que os animais existem somente para servir aos interesses materiais? Como algumas pessoas são capazes de transformar esses bichinhos em meios apenas para obter dinheiro, sem dedicar nenhum amor e cuidado aos bichinhos?” E foi a partir daí que a Pat decidiu adotar, ao invés de comprar. No mesmo instante, ela “bateu” os olhos na seção de doações, num jornal, e não deu outra: lá estava a sua Chokita, Choka, Chô ou Neguinha num anúncio. E essa fofa chegou bem destruidinha na casa da Pat: tinha um povoado de pulga pelo corpinho todo, úlcera em um dos olhinhos, por conta de uma forte agressão, e estava bem magrinha pesando só um quilo e meio, a tadinha. Devidamente tratada, hoje, um mês depois, Chokita tá gordinha (exibe 5 quilos de pura travessura e gostosura) e perdeu o medo de vassoura e rodo, recebendo doses diárias de amor e carinho. Da Chô para a Bananinha entrar em cena, foi um pulo e um latido. A Naninha, igualmente poodle e igualmente preta foi rejeitada por cinco donos até chegar às mãos da Patrícia, literalmente, pois ela cabia na palma da mão. Recepcionada como uma pequena princesa, Naninha tinha uma caminha com cobertorzinho (tudo assim mesmo no diminutivo) e um relógio, estrategicamente posicionado em uma blusa para que o tic-tac substituísse a pulsação da mãe. Até o seu marido, antes mais resistente, amoleceu o coração até virar manteiga, pois ele tem o maior carinho pelas duas fofinhas. Assim como estas histórias, sabemos que existem muitas por este Brasil grande e com um coração enorme. Se você sabe de alguém que tem histórias de celebridades adotadas e com um final feliz é só mandar pra gente: celebridadeviralata@gmail.com Até a próxima história